Renato cohen performance como linguagem pdf




















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Podemos radicalizar ainda mais o conceito de "atuante", que pode ser desempenhado por um simples objeto9 , ou uma forma abstrata qualquer.

Stefan Brecht. Coisas como fritar ovo na fila do Centro Cultural ou queimar dinheiro em cena durante longos minutos. Em anexo, relaciono o conjunto de trabalhos e festivais acompanhados. Fechando de certa forma um ciclo, a Funarte realiza em agosto de , o seu I Festival de Performances. A realidade inter- dita o tempo todo. Recriar o real? Ou, criar outras realidades? Vrias motivaes podem levar escolha de um tema e delimitao de um feixe de interesse: motivaes ideo- lgicas, estticas e at afetivas.

Evidentemente existe uma combinao desses fatores, mas , talvez, o mais importante seja mesmo a identificao afetiva atravs da empatia com a obra e o processo criativo de alguns artistas. Dois pontos se mostraram claros nesse processo - por um lado uma identificao com a cultura under- groundi e, ao mesmo tempo, a busca dentro do teatro , que foi a expresso pela qual eu me engajei , de um re- sultado que no levasse unicamente representao e ti- vesse maior aproximao com a vida.

Hoje, o underground j no mais subterr neo - essa identificao diz respe ito contracultura, ao mov imento hippie , sociedade alternativa. Pelo menos em termos de uma criao de dia institucionalizada, patrulhamento esttico-ideolgico vanguarda. Galizia havia traba- dos anos 60, principalmente em termos de um teatro expe- lhado diretamente com Robert Wilson e seu interesse pe- rimental: o Oficina, os festivais, a vinda do Living Thea- los arstistas americanos contemporneos e pela idia de tre e de Bob Wilson, a presena de Victor Garcia, Irome pensar uma arte total deram um grande impulso para a Savary e outros.

Acompanhamos tambm, COm o devido minha pesquisa, ainda incipiente. No Brasil, alguns artistas como Aguillar, Ivald Granatto Esse contato atravs de relatos, leituras e alguma obser- e Denise Stocklos realizavam experincias cnicas dife- vao despertava uma srie de perguntas: como era esse rentes do que se acompanhava no teatro.

Foi um tempo de brica? Como a anti psiquiatria e as tcnicas orientais entra- grande efervescncia artstica e, em apenas um ms, foi vam no processo dos happenings? A prtica do teatro teria que ficar isolada das sas mdias, atrados por essa novidade que abarca as expe- outras artes? Ser que a nica alternativa para a caretice rincias d vanguarda. Nesta poca inicio minha pesquisa era Brecht?

O meu incio no teatro foi igual ao de quase todo Em , no curso.. Processos Criativos de Robert mundo - trabalho de ator baseado no mtodo de Stanis- Wilson", de Luiz Galizia, apresento a performance Mou- lavski. A partir de , tomei contato com a obra de ra Bruma, uma criao a partir de trechos e imagens de Artaud e sua proposta de um teatro ritualstico, transcen- Ulisses de [ames [oyce. O ttulo vem de uma aliterao dente, e realizei, em mbito escolar, alguns happenings de Molly Bloom, principal personagem feminina do ro- com base nos textos "O Teatro e A Peste" e " O Teatro mance.

Alm da busca deste se dar por um caminho " luminoso" - ele Em realizo como diretor e ator o espetculo Tar -Rota-Ator, apresentado no Madame Sat durante 2. Esse espetculo, baseado na simbologia do tar Editorial Minotauro, s. Em meados de , Jac Guinsburg assume a orien- tao da Dissertao. Sua orientao inicia-se num mo- mento crucial da pesquisa - o de estruturao e redao final do trabalho - e a discusso de inmeros pontos conceituais abrangendo questes de linguagem, de repre- sentao, de estetizao etc.

Em reunies que alcanaram um cunho epistemolgico, indo das discusses de princpios filosficos a fundamen- tao do momento de vida e do momento de representa- o at uma organizao semiolgica do tema, a interlo- cuo com meu orientador permitiu um amadurecimento tanto intelectual quanto prtico a respeito dos temas en- volvidos. Essa montagem, apoia- da em multimdia, permitiu exercitar uma srie de con- ceitos elaborados na pesquisa e colocar em cena toda a INTRODUO experimentao inerente performance, levando s lti- mas conseqncias os aspectos de formalizao.

Essa experimentao veio se somar pesquisa terica e espero com essa publicao possibilitar ao pblico em geral a tomada de contato com um universo que ao mesmo tempo mandlico, inesgotvel e pouco conhecido e, ao contrrio do que se pensa, no somente regido pela criao impulsiva e aleatria.

Se de um ponto de vista prtico muito se realizou no Brasil, em termos de performance, de para c, o mesmo no aconteceu de um ponto de vista conceitual, sendo raras as formulaes tericas sobre esta expresso. Da mesma forma, todo um universo relacionado com esta expresso que engloba desde o teatro formalista con- temporneo de grupos como o de Bob Wilson ou o Mabou 1.

Nos artigos c ensaios, os americanos utiliz am per j or- mance ar! Nesse sentido, adot aremos 3 traduo acima ou, simplesmente, o termo performance. A noo que ficou para o pblico brasileiro que perfor- Dentro da carncia que caracteriza nossa produo mance um conjunto de sketches improvisados e que cultural, enveredou-se, nas publicaes de artes cnicas, apresentada eventualmente e em locais alternativos. Performances, como as de Laurie camente ainda somente se trabalha com o Mtodo de Sta- Anderson ou do grupo Ping Chong, so extensamente pre- nislavski e com montagens totalmente apoiadas na drama- paradas e pouco improvisadas.

No Brasil, trabalhos como turgia. B lgico que, numa comparao com Recentemente, com a crescente preocupao de inte- o teatro, a performance de fato se realiza, em geral, em grao das artes - usa-se muito o termo "dana-teatro". Pina Baush, Arianne Mnouchkine e [rome Savary, que privilegiam a encenao calcada na experimentao , tem B nosso objetivo, portanto, efetuar um balano de toda havido uma abertura para outro tipo de abordagem e para essa "experimentao" ocorrida no Brasil, documentando a pesquisa de linguagem nas artes cnicas".

Por ltimo, a caracterstica de arte de fronteira da O que aconteceu que a partir do momento que performance, que rompe convenes, formas e estticas, performance comeou a ser associada com "acontecimento num movimento que ao mesmo tempo de quebra e de aglutinao, permite analisar, sob outro enfoque, numa 2. Esse interesse despertado por artigos em jornais, princi- confrontao com o teatro, questes complexas como a palmente da Folha Ilustrada que acompanha os eventos de van- da representao, do uso da conveno, do processo de guarda pelo mundo.

Para se adentrar nessa discusso topolgica e sgn ca, Definidos os trs axiomas da cena, importante fa- interessante introduzir-se a conceituao de Jac Guins- larmos da relao espao-tempo, j que definimos a per- burg" a respeito de encenao: para este, a expresso c- f ormance como uma funo desta relao; podemos en- nica caracterizada por uma trade bsica atuante-texto- tender a determinao espacial na sua forma mais ampla pblico sem a qual ela no tem existncia. Podemos radicalizar ainda mais o conceito de possvel: Bob Wilson-, que justamente faz experincias " atuan te ", que pode ser desempenhado por um simples com a relao espao-tempo, realiza espetculos de 12 a objeto", ou uma forma abstrata qualquer.

Uma instalao algum elemento sgnico, que pode ser rou sete dias e consistiu basicamente numa experincia de um objeto, um ator, um vdeo, uma escultura etc. Por ltimo, dentro dessa conceituao inicial da per- 6. Somb ras. No podemos classificar o teatro de Bob Wilson como 9. O artista transforma-se em atuante , agin- de a sound poetry at os videoclips new waves. Desta for- do como um perjormer artista cnico. Para no se apresentaram no Brasil. A outra dificuldade bsica para a anlise diz respeito Do Processo de Pesquisa confuso que se criou em torno do termo no Brasil : claro qu e, na sua prpria essncia, a performance se ca- Para uma conceituao mais aprimorada da perfor- racteriza por ser uma expresso anrquica , que visa esca- mance lidamos com duas dificuldades bsicas: par de limites disciplinantes e que comporta tanto as Primeiro, que o que melhor se fez em termos da per- apresentaes do falecido faquir Bismarck que engolia formance art foi realizado no exterior, principalmente nos bolas de bilhar na Praa da S , quanto um espetculo Estados Unidos.

Destas performances, temos alguma do- de intensa elaborao squica como Shaggy Dog cumentao - fotos, relatos, descries - o que no de Mabou Mines. I dade maior pelo fato de estarmos lidando com o que Para se ter uma melhor compreenso da trilh a da Schechner-" chama de multiplex code. O multiplex code arte de performance no Brasil e mesmo com um objetivo o resultado de uma emisso multimdica drama, vdeo, imagens, sons etc.

O que ta mbm limi tado, porque, obvia mente, nun ca nal. Nesse sentido, qualquer descrio de performance o vdeo vai substituir a caracte rstica do aqui-ag o ra, da pl'rfo r- fica muito mais distante da sensao de assisti-las , repor- nutnce. Co isas co mo fr itar ovo na fila do Ce ntro Cultural ou que imar dinhei ro em cena du rante long os minutos.

N o enta nto, levando-se em conta a poca que esses event os Descrio do tip o, "aconteceu isto. Nesses dois centros, buscou-se priorita- do um a esp cie de moda.

Reali zam-se um a srie de even- riamente abrir espao para as manifestaes alternativas tos em q ue se experime nta de tudo: body art, teatro da que no estavam encontrando local em outros circuitos. Nessa pro fuso de tra ba lhos se inclu em ex- " 14 Noites de Performance" e o I Festival Punk de So perincias que vo da alta cri atividade mediocridade.

O festival de performances do Sesc Pompia foi Fechando de cer ta for ma um ciclo, a Funa rte realiza o primeiro grande evento deste tipo realizado em So Pau- em agos to de , o seu I Festi val de Performances. Participam Sesc, tendo se realizad o algumas perfo rmances bastan te tambm Patricio Bisso e uma srie de artistas da msica , pr imrias. O evento fo i uma "fu so" de m d ias rada. Eis o trecho da crtica de Sheila Leirner '?

Lament vel. A Sa la Gui ornar Novacs, tra nsf ormada subi ra- mente n u ma " casa dc ningum ", como palco para um desf ile de Na trilha dos Centros Culturais, e em conseqncia inco m pre e ns es. A co m ea r pe lo pr prio co nceito de performance.

A id ia de qu e " q ua l- mente em termos da msica, com os grupos punk-new quer um po de fazer a rte" ou de q ue " q ua lq ue r co isa pode ser arte" j constituiu h a lgum tempo um pa ro xism o eficaz. Ho je. Os mais importantes so, qua ndo j se experimen tou tudo o u q ua se tu do , e la um a idia por ordem cronolgica de aparecimento, o Carbono 14, ult ra passada, reacion ria e at id eo logica mente suspeita.

O pb lico o Napalm e o Madame Sat. Nesses espaos assiste-se a fo i uma v tima. Em , o Sesc Pompia realiza o 11 Ciclo de Per- Essa crtica de certa rorma enfat iza nossa colocao formances. No Centro Cultural cria-se um espao desti- anterior c traz de volta a po lmica sobre a inst ituciona li- nado a essa linguagem: "o Espao Performance".

De para c, procurei acompanhar tudo o que se c o ". Estado de S. A a rg u me n ta o d e Sheila Le irner que fa ltou cura - principal centro de expresso no Brasil. Esse trabalho no foi d oria pa ra e vent o. J Ro be rt o Bicelli, orga ni zador do e vento. A a rg u me nto u q ue a perj orm ance um m ov ime nto a n rq uico, no possibilidade que tive de trabalhar dentro do SellC Pomp18, como or to do xo como pretende a cri ca.

Em anexo, relaciono o conjunto de decor re r dos a nos seg uintes, pois em consq ncia da sr ie de evc n- trabalhos e festivais acompanhados. Isso imped iu, por pa rte d o pbl ico e dos a r tistas , o co n- camente s de artistas plsticos.

A nosso ver, houve um esgotamento dos espetculos intensamente es- pontneos, havendo, porm, espao para performances mais elaboradas praticamente desconhecidas no Brasil. Fica claro que sempre haver espao para espetculos que permeiem essa linguagem do experimental, do ritual, do sgnico e que, com o esgotamento da performance, algo novo se suceder dentro da vanguarda.

Por ltimo, dentro do processo de pesquisa, impor- tante ressaltar a contribuio que minha observao pr- tica22 trouxe para a minha pesquisa, visto que muitos conceitos se completaram e se modificaram a partir dessa observao "de dentro". Em meados de , o Madame Sat e o Espao Off ainda mantinham espaos para realizao de performances. Em Do Percurso, relaciono meus trabalhos prticos. Toda arte o dese- nho do deseio, O artista d livre vazo a seus desejos erticos e fantas ias. A realidade inter- dita o tempo todo.

Desde coao social at a gramtica. A obra de arte se caracteriza pela transgresso, por no obedecer a gram tica.

Qual o desgnio da arte: representar o real? Recriar o real? Ou , criar outras realidades? Os grifas so meus. Personagens dirias e no mticas , Tomando como ponto de estudo a expresso artstica performance, como uma arte de fronteira, no seu con. Tudo isso hoje lugar-co- " arte-estabelecida'P, a performance acaba penetrando por mum na chamada "dana moderna", mas antes dessa rup- caminhos e situaes antes no valorizadas como arte.

Da tura, era considerado abjeto por alguns estetas. Cage introduz a aleatorie- A performance est ontologicamente ligada a um mo- dade nos seus "concertos", reforando a idia que se vimento maior, uma maneira de se encarar a arte; A live apia num conceito zen de vida de uma arte no-inten- art. A live art a arte ao vivo e tambm a arte viva. A idia -de-fesgatar a caracterstica ritual da arte, reproduzir o fluxo vital da emoo e do pensamento e tirando-a de "espaos mortos", como museus, galerias, tea- narra a epopia de um cidado absolutamente comum.

Nas artes plsticas esse processo de entropizao" Esse movimento dialtico, pois na medida em que, quase automtico. Podemos citar todos os movimentos da de um lado, se tira a arte de uma posio sacra, inating- arte moderna cubismo, dadasmo, abstracionismo etc. John Cage diz: "Gostaria que se pudesse considerar ments6 que vo desaguar na body art ena performance, a vida cotidiana como teatro'".

Dentro desse modo de encarar a arte, Isadora Duncan, No teatro, e de uma forma mais global nas artes c- Merce Cunninghan e outros "libertaram" de certa forma a nicas, essa quebra com o formalismo, com as convenes. Entropia a medida de desorganizao. A primeira, que chamamos de "arte- res graus de liberdade na criao. Exprime-se numa srie de formas ceituao de live art. Apesar de a mesma essencialmente buscar o e "ambientes sagrados" exposies, livros, filmes, monumentos vivo, a aproximao entre vida e arte, ela se afasta de toda etc.

A no-arte englo? Todo movimento dito "realista" arte mas que haja atrado a atenao de um artista com essa POSSI- divergente das idias da live art. Um quadro realista visa repre- bilidade em mente em A Educao do A-Artista. Um exemplo sentar o objeto, da forma mais fiel possvel. Essa representao, claro disto so os ready-mades de Marcel Duchamp, que vo dar em si, a morte do objeto. Nesse sentido.

Material do Grupo Fluxus - Bienal ver fontes objeto e no uma representao do real. A action painting a pintura instantnea, que reali- zada como espetculo na frente de uma audincia. Atravs das dcadas, o movimento cami- da performances com o sculo XX e o advento da moder- nha sob vrias formas e por diversos pases. Procuraremos, nidade''. Mari- ambi ental onde pode ser usado qualquer elemento plstico-senso- netti lana o Manifesto Futurista, e no movimento agru- rial.

A prtica resulta em seratas onde se exe- pa ra o desenrolar da perf ormance. Para um acompanhamento cutam recitais poticos, msica e leitura de manifestos. So Paulo. Perspectiv a, A proposta futurista radicalizava os conceitos vigentes de Debates Atravs da histr ia do teatro, existem inmeras "que- trinta segundos, por exemplo mas tambm na prtica a bras " com a linh a convencional, como o teatro expressionista, prtica das seratas no era nada convencional, muitas ve- c teatro do absurdo etc. Da mesma forma, existem gneros que explora m a espontaneidade e escapam das convenes mais pesa- zes terminando em escndalos e pancadarias.

Mas no happening que essa quebra com a conveno principalmente na Frana e na Rssia, onde Maiakvski teatral mais radical: no existe a clara distino palco-platia. Hugo Ball e Emmy Hennings trazem a idia tempo e espao etc. No Cabaret Voltaire, que atrai artistas dos ano s 60, par a a perf orman ce. Nos cinco contrapartida, de esteticidade. Ambas so ma- manifestaes predecessoras. O a polneo dirigindo a orga- 9. A rigor , o incio da modernidade na s artes cnicas nizao, a mensagem.

Ne sse pont o h a separao: o teatro clssico. Artistas de hoje no superados dentro de sua linha de pesquisa. Em peso, das mais diversas artes, que vo germinar as idias , com o advento do nazismo , a escola fechada, das prximas dcadas se confrontam no cabaret: Kan- praticamente encerrando com isto o captulo europeu das dinsky , Tristan Tzara, Richard Huelsenbeck, Rudolf von performances.

Laban, Jean Arp, Blaise Cendras, para citar alguns. A partir da, o eixo principal do movimento se des- Ao fim dessa experincia, o Dad j se espalha pela loca para a Amrica, com a fundao, em , na Caro- Europa e, com Paris, tornando-se o principal eixo de ati- lina do Norte, da Black Mountain College.

O objetivo da vidades. Em , acontecem dois lanamentos importan- instituio o de desenvolver a experimentao nas artes tes: as estrias de Parade de Jean Cocteau eLes Mamelles e de incorporar a experincia dos europeus grande parte de Tir sias de Apollinaire, que revolucionam o conceito dos professores da Bauhaus se transfere para l.

As duas peas causam espanto Dois artistas exponenciais, na arte de performance, vo no pblico parisiense e principalmente a segunda rece- emergir da Black Mountain College: [ohn Cage e Merce bida com amplos protestos o pblico a toma como uma Cunninghan. Cage tenta fundir os conceitos orientais para afronta.

Littrature por Andr Breton, Paul Elouard, Philippe Cunninghan prope uma dana fora de compasso no Soupaulte Louis Aragon, comeam a se criar as bases segue a msica que a orquestra e no coreografante, para o advento do movimento surrealista. O ingrediente A partir da escola , o eixo se desloca para New York, o de lanar provocao contra as platias.

O surrealismo com os artistas realizando uma srie de espetculos, que ataca de forma veemente o realismo no teatro. Inovaes em vo ganhar um novo nome-conceito : happening. Aplica-se essa designao a um espectro gicamente sem um nexo e os outros atores " demonstram " de manifestaes que incluem vrias mdias, como artes a idia.

As peas surrealistas acontecem tanto em edifcios- Com o florescimento da contracultura e do movimento teatro, quanto em caminhadas de demonstrao dos lde- hippie, os anos 60 vo ser marcados por uma produo res do movimento, e visam, atravs do escndalo, chamar macia , que usa a experimentao cnica como forma de a ateno para as propostas do movimento, tanto a nvel se atingir as propostas humanistas da poca.

Vrios artis- ideolgico quanto artstico. E clara a identificao entre tas buscam conceituar essas novas tendncias de multilin- as atitudes dos surrealistas, nos anos 20 e os futuros hap- guagem: [oseh Beuys as chama de Aktion para ele o penings, dos anos Claes Oldemburg usa pela pri- volve importantes experincias cnicas, que se propem meira vez o termo performance valorizando a atuao.

A Bauhaus a primeira instituio de arte a organizar l l , Mesm o com essa fuso, o happening mant m como princpio aglutinador sua caracterstica de arte cnica , conservan- workshops de performance. Oskar Schlemmer, que dirige do, da forma mais livre possvel, a trade que definimos na Intro- a seo de artes da Bauhaus , cria espetculos como o duo atuante-texto -pblic o.

Conforme cao com o anarquismo que resgata a liberdade na cria- j comentado, [ackson Pollock lana a idia de que o artis- o, esta a fora motriz da arte.

H uma transfe- A arte, como formula Freud, caminha com base no rncia da pintura para o ato de pintar enquanto objeto princpio do prazer e no no princpio de realidade. O artstico. A partir desse novo conceito, vai ganhar impor- artista lida com a transgresso, desobstruindo os impedi- tncia a movimentao fsica do artista durante sua "ence- mentos e as interdies que a realidade coloca a obra de nao".

O caminho das artes cnicas ser percorrido ento arte vai se caracterizar por ser uma outra criao: se eu pelo approach das artes plsticas: o artista ir prestar vejo uma paisagem que objetivamente verde, sob uma ateno forma de utilizao de seu corpo-instrumento, a tica vermelha, nada me impede de pint-la assim. O passo seguinte a body art arte do um trabalho humanista, visando libertar o homem de suas corpo em que se sistematizam essa significao corporal amarras condicionantes, e a arte, dos lugares comuns im- e a inter-relao com o espao e a platia.

O fato de se postos pelo sistema. Os praticantes da performance, numa linha direta com os artistas da contracultura, fazem parte lidar com os velhos axiomas da arte cnica, sob um novo de um ltimo reduto que Susan Sontagv' chama de "he- ponto de vista o ponto de vista plstico , traz uma srie ris da vontade radical", pessoas que no se submetem de inovaes cena: o no-uso de temas dramatrgicos, ao cinismo do sistema e praticam, custa de suas vidas o no-uso da palavra impostada, para citar alguns exem- pessoais, uma arte de transcendncia.

Ao trilhar o caminho do princpio do prazer'", a per- A partir da dcada de 70, vai-se partir para experin- formance resgata as idias de uma prtica da arte pela cias mais sofisticadas e conceituais a nvel de signo, por arte. Ou seja, a arte no se submetendo a ditames exter- exemplo que iro, para isso, incorporar tecnologia e in- nos: no se faz uma comdia de costumes ao gosto comer- crementar o resultado esttico. A performance trabalha ritualmente as questes existenciais bsicas utilizando, para isso, recursos que vo Simples movimentaes espaciais.

Muitos artistas. Anderson, usam microfones e nunca passou pela cabea deles a A apresentao de uma performance muitas vezes preocupao de impostar a voz e de usar todos esses recursos que causa choque na platia acostumada aos clichs e pre- o teatro considera axiomticos. A performance basicamente uma Conforme j comentamos. Styles ofRadical Will. Na verdade, a performance atua dialeticamente tanto anteriores do movimento. A performance no , na sua essncia, uma arte de fruio, nem uma arte que se pro- ponha a ser esttica muito embora.

A performance est ideologicamente ligada no-arte. O a-artista no se coloca como um pro- fissional. Tanto que a mensagem final de Kaprow "Artis- las do mundo. Caiam fora. Vocs nada tm a perder seno suas profisses". No seu manifesto, falando da no intencionalidade da arte. Kaprow d os seguintes exemplos O praticante da no-arte. W' III enredo.

Arte de fro nteira. Tea tro de imagens. Arte no-inten - ciona l. Minimal ismo. Intc rvcn o. Afina l, o q ue performance? Tal vez um pouco de tud o isso. Ant es de mais nada pre ciso fazer-se um ade ndo : mais do qu e defini r e delimita r a exten so da expresso art s- tica performance - o que por si s j constituiria uma tarefa pa radoxal. IRNE R. Parti" , Na arte de performance vo conviver desde "espe- Essa "babel" das artes no se origina de uma migrao tculos" de grande espontaneidade e liberdade de exe- de artistas que no encontram espao nas suas linguagens, cuo no sentido de no haver um final predeterminado mas, pelo contrrio, se origina da busca intensa, de uma para o espetculo at "espetculos" altamente formali- arte integrativa, uma arte total, que escape das delimi- zados e deliberados a execuo segue todo um roteiro taes disciplinares.

Na performance dao oont gdade entre trabalhos to diferentes enquanto o que interessa apr esenta r, for malizar o ritua l. A cristaliza o expressao, do gesto primordial. A idia de uma interdisciplina fundamental : 1.

Ioseph Beuys? Isso tpico do ideal p s-mode rno. Estou usando o termo entre aspas porque mais adiante minao, uma plstica que se compe num espetculo discutirei se este tipo de espetculo pode ser classificado Como performance. Na performance - e a "pera de Bob Wilson " 7. Completamente avesso s instituies e explorao das o melhor contra-exemplo disto - utiliza-se uma fuso de aJ! Para ele, a 2.

A descrio dessa performance 3. Davis'' : Durante esse tempo, os dois estivera:n. Essa" performance" se denominou Covote: J Like crivaninhas no so decididamente objetos nuti - cos: a disposio geomtrica dos objetos, disfara- America and America Likes Me. A superfcie aqutica d uma impresso de um assustador vazio - o vazio da folha branca de papel antes do ato criativo - um vazio que os perjormers no tentam preencher com atividades e movimentos.

I preestabelecidos. Os reflexos da gua so projetados em trs di- menses, que foram divididas, atravs de biombos, em numerosas telas posicionadas em diferentes dire- es, com o intuito de captar as imagens e sombras projetadas. I Esse espao , expandido em trs dimenses, ime- diatamente sugere a metfora de um espao que deve I ser preenchido com impresses visuais, de um espa- o ' polimorfo a ser ocupado, e de uma partitura mu- sical atravs da qual a performance ir fluir. Essa metfora musical rapidamente confirmada pela disposio espacial dos seis performers.

Isso pode ser observado na foto de abertura deste cap - tulo, referente performance descrita. A sua performance consiste em atirar lm- numa meseta, o coureiro conscientemente enchendo padas num anteparo de vidro foto. O conjunto das performances apresentadas pelos Fluxus no dura mais que dez O texto, especialmente quando se refere ao leit- minutos.

Como no poema de Lewis Carroll, o texto dividido em oito espasmos "crises" que contam as desventuras da tripulao. Essa mesma diviso, repetida no espao inteiro, produz o efeito de um puzzle composto de palavras, gestos e imagens. As performances que descrevemos a seguir!

Elas se desenvolveram no andar trreo do edifcio da Bienal, no que se denominou "espaos-fluxus", espao esse no delimitado por luz ou qualquer outro tipo de marcao.

Segue-se o relato do acontecido. Num determinado instante, iniciam-se simultanea- mente duas performances: Ben Vautier senta-se ao piano e fica dedilhando continuamente a mesma nota; a seu lado, Walter Marchetti senta-se numa cadeira e comea a juntar latas de alimento espalhadas a seus Performance de Wolf Vostel!. O "trabalho" realizado lecer alguns traos de contigidade que permitam caracte- num gesto contnuo como um Ssifo , somado ex- rizar todos esses "espetculos" como performance.

Antes presso do artista e ao som seco das latas caindo no disso, seria interessante discutirmos, a nvel de refern- cho, produz uma sensao de angstia. Nesse ins- cia, duas definies de performance: tante Wolf Vostell inicia a sua performance provo Na verso brasileira do poema de Carroll o neologismo todas as artes, ou Em A Caa ao Tur- Performance Anxiety", The Vlllage pente, Ed. Estive presente nesse evento. Voice, Sally Banes crtica de dana.

A idia vale mais que a execuo. E uma enquanto teatro que se apia numa dramaturgia, num espcie de interarte Pode-se considerar a performance como uma forma No obstante ser importante perceber por qual lin- de teatro por esta ser, antes de tudo, uma expresso c- guagem passa mais prximo a linguagem hbrida da per- nica e dramtica - por mais plstico ou no-intencional formance, este tipo de distino torna-se difcil e inopor- que seja o modo pelo qual a performance constituda, tuna em alguns casos, tanto pela j mencionada busca sempre algo estar sendo apresentado, ao vivo, para um de integrao das artes quanto pela caracterstica "dioni- determinado pblico, com alguma "coisa" significando saca" no sentido de se escapar do rtulo e da forma no sentido de signos ; mesmo que essa " coisa " seja um caracterizante da performance.

Um diretor como Bob Wil- objeto ou um animal, como o coiote de Beuys. Essa "coi- son, por exemplo, funde propositadamente as linguagens sa" significando e alterando dinamicamente seus signifi- da dana e do teatro, sendo muito difcil dizer at onde cados comporia o texto, que juntamente com o atuante vai uma e onde comea a outra. Feitas essas distines, podemos apresentar alguns tra- Da mesma forma, quando a performance pende para os que caracterizam a linguagem performance e que so um discurso visual - no-verbal - composto a partir comuns aos trs espetculos: do movimento dos atuantes, a inteno dramtica que A performance no se estrutura numa forma aristo- vai aproxim-Ia mais do teatro do que da dana.

Disap- tlica com comeo, meio, fim, linha narrativa etc. O apoio se d em cima esta "teatralidade " tanto pela linguagem utilizada pelos de uma collage como estrutura e num discurso da mise performers gesto, entonao, ao etc. Em Disappearances temos um exemplo desse "discur- Por outro lado, pode se considerar a performance uma so da mise en scne": os atores compem caracteres que linguagem anti teatral, na medida em que procura esca- so carregadores de signos. Esses signos podem ser me- tamorfoseados durante a pea.

O aougueiro e o cozi- A superfcie inun- Essa comparao no totalmente precisa, na medida dada funciona como um hipersigno. No existe lineari- em que um quadro ou uma escultura tambm poderiam funcionar dade temtica e sim um leitmotiv que justifica o enca- como instalao no contexto de uma performance.

Na verdade, o que distancia a performance das artes plsticas e a aproxima deamento da aes. O leitmotiv no caso a caada ao do teatro o contexto com que esses signos so introduzidos, con- turpente , e o espetculo se suporta com base em um dis- texto este que est ligado ao que se constitui na "linguagem curso visual: teatral", que composto de uma srie de caractersticas como a dinamicidade, a tridimensionalidade, a atemporalidade etc.

No Cap o 3 voltamos com mais detalhe a essa questo. Eu queria me Na performance existe uma ambigidade entre a fi- isolar, me distanciar, no ver nada da Amrica alm do coio- gura do artista perjormer e de uma personagem que ele te. Beuys escolhe o coiote selvagem como smbolo de per- Na performance de Ioseph Beuys quem est l o seguio aos ndios americanos, assim como da relao prprio artista e no alguma personagem. B importante que os Estados Unidos mantm com a Europa'", distinguir, no entanto, que medida que Beuys metafori- Observa-se que, parte de toda a "espontaneidade" camente est representando simbolizando algo com suas que ocorre na performance de Beuys, existe uma preocupa- aes , quem est l um " Beuys ritual " e no o " Beuys o de simbolizao.

Os espetculos de performance tm uma caracters- Para se compreender melhor esta questo, interes- tica de evento, repetindo-se poucas vezes e realizando-se sante ter como referncia a Teoria de Papis. Os papis em espaos no habitualmente utilizveis para encenaes: que esto presentes no ficam apenas a nvel da dicoto- a performance de Beuys , apesar de durar uma semana , mia ator-personagem. O que existe uma multifragrnen- s se realizou uma vez; a performance Disappearances, tao, isto , existem vrios nveis de " mscaras ".

A questo Fluxus foram realizadas somente nessa Bienal. E impor- Todas as trs performances se realizaram em espaos tante clarificar-se essa noo ; quando um perjormer est de galerias, no sendo utilizados teatros.

Esses espaos em cena, ele est compondo algo, ele est trabalhando livres reforam a tridimensionalidade e eliminam uma se- sobre sua " mscara ritual" que diferente de sua pes- parao clara entre rea do pblico e rea do atuante. Nesse sentido, no lcito falar que o Ideologicamente, a performance incorpora as idias performer aquele que " faz a si mesmo" em detrimen- da No-Arte" e da chamada Arte de Contestao. As to do representar a personagem.

De fato, existe uma rup- performances do Fluxus tentam reforar a idia, propos- tura com a representao, como demonstramos no cap- ta por Marcel Duchamp, de que qualquer ato um ato tulo seguinte , mas este " fazer a si mesmo" poderia ser artstico, desde que seja contextualizado como tal. E nes- melhor conceituado por representar algo a nvel de sim- sa conceituao vai toda uma crtica aos estetas da arte bolizar em cima de si mesmo.

Os americanos denomi- um vaso sanitrio industrial vira um objeto de arte ao nam esta auto-representao de sel] as context'" , ser colocado numa galeriaj", B lgico que o que Beuys faz na sua performance As performances do Fluxus e de [oseph Beuys po- diferente do seu fazer cotidiano. No existe esse natu- dem ser consideradas como uma vertente da arte de per- ralismo na performance alis, o Naturalismo, enquanto formance no havendo sentido, portanto, para as aspas , movimento esttico, uma das tendncias que sofre maio- que caminha em cima de uma "no intencionalidade " e res ataques por parte dos praticantes de performance.

Por trs da ironia e do apa- Esse processo de atuao seria semelhante ao dos n- rente despreparo desses espetculos existe a crtica a uma dios que se " pintam " para ir guerra ou s cerimnias arte instituda e intil, para estes , arte essa da qual se religiosas. Ver Capo I. Esse tipo de performance caminha em cima da defini- No Cap tulo 3 tratamos com detalhe esta quest o. IsmaeJ24 coloca o fato de forma bastante potica: plicitamente, toda uma arte de concesso, compactuadora, que [oseph Beuys, artaudianamente, se imola em pbli- o colador enfraquece os deuses do Olimpo, separando uns co, levando s ltimas conseqncias sua metfora arts- dos outros, rearranjando-os sua maneira, agindo como um Deus tica.

Para o colador a harmonia preestabelecida leva ao Existe, em contrapartida, uma outra vertente de per- delrio. Cumpre-lhe buscar uma nova ordem para essa harmonia, formances, em que se enquadra o espetculo Disappea- resgatando-a das amarras prosaicas do cotidiano.

Isto se dando tanto na elaborao final do es- mente artistas como Bob Wilson e Pina Baush um petculo quanto no processo de criao. A busca obsessi- va em sua obra a de Antes de aprofundarmos a anlise da causa desta es- truturao na performance - se pelo privilgio conce- liberar os objetos de suas funes ordinrias, alterar as proprie- dido imagem sobre a palavra, se pelo processo de cria- dades originais dos objetos, mudar a escala e a posio dos obje- o geralmente anrquico quando comparado ao de outras tos, organizar encontros fortuitos, desdobrar imagens, criar para- doxos visuais.

Atribui-se a "inveno" da collage a Max Ernst, tal- Essa unio de antinomias, como no quadro Les Va- vez tendo como inspirao a tcnica dos papiers colls. Este "estranhamente" tem pelo menos O ato de collage por si s entrpico e ldico duas funes: uma, como a idealizada por Brecht, a de, qualquer criana com uma tesoura na mo faz isso - ao "destacar" um objeto de seu contexto original, forar uma melhor observao do mesmo.

A segunda, mais pr- No Capo 4 procuramos mostrar que a transio do espetculo mais espontneo para o espetculo mais formalizado xima dos surrealistas principalmente da linha patafsi- que caracteriza a passagem do que se chamou happening para ca , a de criar novas utilizaes para o objeto em des- o, que se tem denominado" performance".

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Even with dozens of female performers, the narratives still center the body on the masculinist, white perspective. These relationships are investigated through artists Berna Reale, Julha Franz and Tao Nare, as well as their audience.



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